12/01/2012

Junko Furuta

Caso da Colegial Concretada ( Junko Futura, Japão) 

- O crime - 


Em novembro de 1988, uma colegial chamada Junko Furuta foi sequestrada por quatro rapazes e mantida em cativeiro por 44 dias na casa dos pais de um deles. Para evitar a perseguição, um deles forçou Furuta a ligar para os pais dizendo que havia fugido de casa, mas que estava bem na casa de um amigo. Além disso, também foi obrigada a fingir que era namorada de um deles. Os pais do rapaz perceberam que era mentira, mas nada podiam fazer já que um dos raptores, membro da máfia Yakuza, ameaçou usar suas conexões contra seus familiares. De acordo com as declarações no julgamento, Furuta foi estuprada e espancada diversas vezes. Abaixo você terá uma linha temporal contendo as principais torturas, coletadas por meio de processo tribunal:

1º dia: Junko é sequestrada e mantida em cativeiro. É obrigada a mostrar-se como namorada de um dos rapazes e forçada a ligar para seus pais dizendo que fugiu de casa. Mais tarde, é estuprada, obrigada a comer baratas, beber a própria urina, a se despir na frente de outros, a se masturbar e por fim é queimada com isqueiros e tem objetos inseridos na vagina/ânus.

11ºdia: É espancada inúmeras vezes, tem sua face empurrada contra o concreto, as mãos amarradas ao teto e o corpo utilizado como um saco           de pancadas. Seu nariz sangrava tanto que Junko só podia respirar pela boca. Halteres foram jogados contra seu estômago, vomitou quando tentou beber água (pois seu estômago não conseguia aceitá-la), tentou fugir e foi punida com queimaduras de cigarro nos braços. Um líquido inflamável foi derramado  em seus pés e pernas, queimando-os, e garrafas foram inserida em seu ânus, causando ferimentos.


20º dia: Não conseguia andar direito devido às queimaduras graves nas pernas. Fogos de artifício foram introduzidos no ânus e acesos, suas mãos foram esmagadas por pesos e as unhas se racharam. Não bastante, foi espancada com tacos de golfe, varas de bambu, barras de ferro e teve cigarros e espetos de grelhar frango inseridos na vagina e no ânus, causando hemorragias. Ao final do dia foi forçada a dormir na varanda, no frio.


30º dia: Teve cêra quente espirrada no rosto, pálpebras queimadas por isqueiros e agulhas transpassadas nos seios. Foi obrigada a arrancar o mamilo com um alicate, lâmpada quente e tesoura foram inseridas na vagina, causando hemorragia grave. Ao final da tortura diária, era incapaz de urinar adequadamente e seus ferimentos eram tão graves que demorou mais de uma hora para rastejar pelas escadas até o banheiro. Seus tímpanos ficaram seriamente danificados e houve uma extrema redução no tamanho do cérebro.


40º dia: Implorou aos torturadores que a matassem e acabassem logo com "aquilo".


01/01/1989: Junko saúda o Ano Novo sozinha e com o corpo mutilado. Não conseguia mais se mover.


44º dia: Tem o corpo mutilado com uma barra de ferro pelos quatro rapazes, que usam um jogo de Mah-Jong como pretexto. Sangrou pela boca e nariz e queimaram seu rosto e olhos com uma vela. Por fim, derramaram fluído de isqueiro em suas pernas, braços, rosto e estômago, e depois a queimaram. A tortura final durou duas horas.

Junko Furuta morreu em choque nesse mesmo dia mais tarde, com dor e sozinha, mas nada poderia se comparar aos 44 dias de sofrimento que passou. Ao total, estima-se que ela tenha sido estuprada 400 vezes. Quando sua mãe ouviu a notícia e os detalhes do que tinha acontecido à sua filha, ela desmaiou e teve de se submeter a um tratamento psiquiátrico ambulatorial. Os garotos alegaram não saber o quão machucada Junko estava, pensando que ela estava fingindo. Eles esconderam o corpo em um cilindro de 55 galões cheio de cimento, desfazendo-se dele em Koto, Tóquio. Eles foram presos e tratados como adultos, mas suas identidades foram mantidas em segredo pela Lei japonesa sobre crimes cometidos por menores.


Este é certamente um dos casos mais tristes e chocanes de tortura que eu já conheci. É impossível tomar conhecimento de algo assim sem se imaginar na pele dela um segundo que seja. Eu e mais dois amigos estávamos conversando no MSN esta hora, comentando sobre o horror do caso e procurando mais informações. Sobemos que muita gente soube da situação da garota, mas nada foi feito porque temiam a ação da máfia contra suas famílias. Descobrimos também que dois filmes foram feitos baseados nesta história, o mais recente, feito em 2004, se chama Konkurîto, traduzido para o inglês como Concrete. É um filme japonês, feito com poucos recursos, e nós decidimos que queríamos assistir. Começou aí a odisséia. Foram horas de caça pelo google, até que um destes meus amigos,o Adam, achou um site com links e outro com a legenda. Como se não bastasse a legenda estava meio torta e ele teve que sincronizá-la. Deixarei disponíveis aqui todo o material, links com senha para descompactar e as legendas em inglês. Acho importante que este caso seja difundido, existem pessoas que não tem coragem de ler a historia até o fim, ou ficam com medo do filme, mas eu digo que não há nada a temer, o filme não mostrou detalhes das agressões, mas tudo isto serve como lição sobre o que uma pessoa é capaz de fazer com outra, o sofrimento de uma garota presa e condenada a morrer de dor, famílias inteiras destruídas e aquele velho medo de buscar ajuda temendo a vida dos que amam.
É um dos melhores filmes que já vi. Junko teve um fim trágico, gostaria de imaginar que o filme podia ter um fim diferente, mas daí não seria verdadeiro.





As Imagens eu acredito que seja de um filme que fizeram sobre o assassinato

2 comentários:

  1. Anônimo24.1.13

    é realmente triste e perturbador

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  2. Anônimo13.6.14

    Luisa disse: Eu vi o filme Concrete, é bem "suave" até pelo que ela passou. O pior filme é "A Garota da Casa ao Lado" , e " O Crime Americano" que conta uma história semelhante sobre uma menina de 16 anos Chamada Sylvia Likens, mantida por 3 meses em cativeiro, torturada e violentada sexualmente, fisicamente e psicologicamente em Indianopolis Indiana -USA. tbm causou sua morte. Mas não sei qual das duas sofreu mais. Mt triste.

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