05/06/2012

Dracula

Dracula nasceu na cidade de Sighisoara na Transylvania no ano de 1431. Era filho de Vlad Dracul e da Pincesa Cneajna. Vlad Dracul era quem detinha a autoridade de todas as cidades da região e defendia a Transilvania das investidas Turcas. Este poder foi-lhe concedido pelo Rei romano Sigismundo de Luxemburgo (educado em Nuremberga por monges catolicos). A sua influência politica aumentou em 1431, quando se tornou Principe de Wallachia e entrou na Ordem do Dragão, uma irmandade militar e religiosa secreta, destinada a proteger as igrejas catolicas, creada por Sigismundo. Outro dos objetivos da Ordem do Dragão era organizar um ofensiva contra os turcos que tinham já invadido a peninsula Balcã. Numa certa altura, Vlad percebeu que todos os politicos se curvavam perante o Sultão Murad II. Vlad traindo aqueles com que lutava, Sigismundo e todos os seus sucessores, assina um acordo com o Sultão. Muitas vezes Vlad foi visto a lutar na Transilvania contra o seu proprio povo, ao lado de Murad II. Mas, o Sultão nunca confiara em Vlad, fazendo uma embuscada a Vlad Dracul e aos seus filhos. Vlad foi preso e acusado de traição. Para salvar a sua vida, deixou os seus dois filhos prisioneiros: Vlad e Radu, em 1442. Estes dois ficaram aprisionados no palacio do Sultão.

Nestes anos em que esteve aprisionado, foram fundamentais na formação da sua personalidade. Dracula começou a não se preocupar pela natureza humana. Sabendo a partida de que se o seu pai falha-se em algo ele morreria, Dracula percebeu muito cedo que na politica a moral era algo insensato. Aprendeu a lingua Turca e gosava de prazeres, como utilizando o harem do Sultão (a sua prisão nao era tão restrita). Mas, é dito pelos seus captores que ele ganhou uma reputação brutal e de medo, envolvendo-se em lutas com os seus proprios guardas. Vlad marcou então dois importantes pontos que seguiria á regra para sempre: Não acreditar em ninguém e a vingança. O seu irmão Radu tinha uma personalidade mais fraca, foi totalmente apanhado pelos turcos, sendo um potêncial aliado de Murad II.
O pai de Dracula morrera em 1447, numa emboscada de John Hunyadi. O irmão de Dracula, foi cego com um pau em chamas e queimado vivo. Estes dois acontecimentos aumentaram a sede de vingança de Dracula, que fugiu do palacio do Turco em 1448 e após uma tentativa frustrada de tomar o trono de Wallachia, foi para a Moldávia, governada pelo Principe Bogdan, cujo filho era Stefan, um primo de Dracula. Aí dracula exilou-se ate ao ano de 1451, até Bogdan ser brutalmente assassinado. Vlad não tendo outra alternativa, entregou-se a John Hunyadi na Transilvania. Por motivos politicos, Dracula e Hunyadi aproximaram-se, tendo Hunyadi tornado-se seu mentor. Com ele, Dracula aprendeu muitas estrategias anti-Turcas, pondo em prática aquilo que aprendeu em muitas campanhas contra os Turcos em terras que hoje chamamos de Juguslavia.

Decorria o ano de 1456, a Romênia era constituida por pequenos estados, cada um com um governante. Vlad Tepes subia agora ao trono de Wallachia, que fica a sul da Transylvania. Como governante, tinha alguns habitos "diabolicos", entre eles, beber sangue humano. Talvez apenas o fize-se para botar medo nos seus inimigos. Mas, naquela altura era comum que aqueles que saissem vitoriosos de uma batalha, festejassem a vitoria bebendo o sangue dos seus inimigos. Não se sabe com a certeza se o Dracula levou este habito mais adiante ou não.

Dracula era um governante implacavél. Ele elevou as punições para todos os tipos de crimes, mesmo para os mais insignificantes. Naquela altura eram muitas as pessoas que acabavam enforcadas sem misericordia. Não só eram enforcados, como também eram torturados até a morte, sendo empalados em grandes paus, atravessando o corpo entre as pernas até ao peito, sendo depois colocados ao largo das estradas para que todos os viajantes pudessem ver o tipo de punição que Dracula administrava aos criminosos. Este ato de empalação de pessoas, fez com que ele ficasse com o nome de Vlad Tepes (Vlad o Empalador). Esta era mais uma prova que aos olhos de muitos, Vlad Tepes era realmente "diabolico". Dracu, em Romeno, significa Diabo. Logo Dracula significa o filho de Diabo. Vlad Tepes fez certamente muito mais coisas diabolicas para ser chamado de dracula do que o seu pai.

Uma, entre outras cidades que ficou ligada ao nome de Dracula, é Brasov. Diz-se nas suas crônicas, que as vítimas de Vlad eram empaladas e deixadas a apodrecer ao Sol. Numa dessas crônicas, Dracula come e bebe entre os corpos. Há uma narrativa russa que conta que um boiardo, que foi a uma festa em Brasov, não aguentou o cheiro do sangue coalhado, tapando as suas narinas com os dedos num gesto de repulsa. Dracula ordenou que lhe trouxessem um bife e mostrou ao viajante, dizendo-lhe: "Fica longe, para que o cheiro não te incomode". Ordenou em seguida que empalassem o boiardo. Na tradição Romena, Dracula não era apenas considerado um vilão, ao oposto dos alemães, turcos e russos. Na Wallachia, Vlad é honrado com contos e canções populares, principalmente pelas aldeias que circundam o Castelo Dracula, região onde é mais recordado. Apesar de no passado muitas distorções terem ocorrido, Vlad é realmente importante na própria reconstrução do passado. Os agricultores ficam orgulhosos das conquistas militares de Dracula, não dando muita importância aos métodos que usou. O fato de ele lutar contra os não-cristãos, parece aliviar-lhe a culpa de ter mandado empalar o seu próprio povo.

Conta-se uma lenda que diz o seguinte: "As pessoas tornaram-se tão honestas devido ao medo das punições do Conde Dracula, que ninguem se atrevia a roubar um copo de ouro deixado num poço ao largo de uma estrada. Um dia uma mulher foi beber água e reparou que o copo tinha desaparecido. Ela gritou e começou a chorar, sabendo que o Conde Dracula morrera e a desonestidade haveria de prevalecer novamente."

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