Vejamos a premissa: Milos (Srdjan Todorovic) é um ator pornô aposentado que recebe uma proposta de um obscuro diretor (Sergej Trifunovic) para voltar a ativa naquilo que é definido apenas como “um filme de arte”. Seduzido pela grande soma de dinheiro oferecida e contando com o surpreendente apoio da esposa, Milos assina um contrato que pouco ou nada revela sobre o que ele deverá fazer no tal filme. A experiência revela-se uma exploração do que há de mais vil e doentio nos desejos sexuais humanos e Milos é levado a cometer todos os tipos de atrocidades possíveis e imagináveis. Reforçando: TODOS os tipos.
Milos sendo provocado pelo diretor
Dentre os motivos que justificaram a rejeição do público e a perseguição do filme assinado pelo diretor Srdjan Spasojevic, estão cenas envolvendo pedofilia, necrofilia, sexo explícito e assassinatos brutais. Quando eu digo pedofilia, não pense em crianças de 10-12 anos sendo molestadas, imagine um bebê recém saído do útero da mãe sendo abusado. Por necrofilia, entenda um homem transando com um corpo do qual ele mesmo acabara de decepar a cabeça. Some a isso cenas de um falo sendo usado como uma verdadeira arma e está pintado o quadro que chocou e revoltou pessoas em várias partes do mundo.
Visto além da polêmica intencional, A Serbian Film é um suspense psicológico bem executado. O argumento do diretor de que não há limites para a perversão humana (e para a curiosidade que ela desperta) é desenvolvido satisfatoriamente e faz um uso inteligente da quebra da linha temporal para prologar a história e segurar o interesse do espectador. Ponto para o diretor. No que diz respeito as opções visuais e metafóricas adotadas pelo mesmo, devo dizer que ele tem o meu respeito apenas no tocante a liberdade de expressão que deve acompanhar o desenvolvimento da produção artística. A Serbian Film não cria os elementos de sua polêmica e não os incentiva, muito pelo contrário, entendo até que a exposição do tema provoque uma repulsa que ajuda a combater aquelas atrocidades. O “porém” aqui resume-se ao fato de que o público alvo dessa “sensibilização” que o filme pode provocar é insignificante perto daquele que simplesmente repudiará veementemente tanto o que é visto quanto a iniciativa de fazer algo do tipo.
Ao proibir A Serbian Film – Terror Sem Limites, as entidades defensoras da “moral e dos bons costumes” acabaram dando um tiro no pé visto que o filme espalhou-se impulsionado pela curiosidade já discutida e foi visto por mais pessoas do que seus méritos alcançariam sozinhos. Cumpre-se indiscutivelmente o objetivo de incentivar o debate sobre os temas propostos e sobre os efeitos da proibição.
Vou baixar e assistir esse filme, quem sabe este não tenha alguma coisa que a minha pessoa ainda não tenha visto em excesso né? kkk Valeu pelo o post. A sim, se possível dedique um post com imagens da Deep Web, claro vende para menores de idade, sensíveis, cardíacos e moralistas. Seria interessante mostrar a 'realidade' dark para os leitores assíduos do seu blog, até mais. Sucessos.
ResponderExcluirp que eu gostaria de mostrar iria chocar muito as pessoas.
ResponderExcluire talvez eu até perderia o blog.
o máximo que eu poderia mostrar é o que já esta aqui na superfície.