10/07/2012

Possessão Atualmente

O fenômeno da possessão diabólica é um fenômeno complexo que envolve fenômenos físicos acompanhados de fenômenos parapsíquicos. Os que continuam a defender que o fenômeno é causado pela ação de Satanás, concebido como um ser pessoal extramundano, o definem de forma mais ou menos semelhante a esta: "A possessão diabólica consiste no domínio que Satanás exerce diretamente sobre o corpo e indiretamente sobre a alma de um indivíduo. Trata-se de um fenômeno extraordinário, dos mais graves e terríveis que transforma irresistivelmente a pessoa envolvida em instrumento do poder despótico e perverso do diabo." Os argumentos de Balducci, assim como os de outros que defendem a possessão diabólica, não são em forma alguma convincentes. Balducci afirma que fenômenos psicopatológicos, juntamente com fenômenos parapsíquicos (chamados por Balducci de "metapsíquicos") constituem um forte indício de uma possessão diabólica. J. Mischo objeta que há aqui um sofisma, não um aumento qualitativo de fenômenos para atestar uma causa sobrenatural. Os fenômenos que ele chama de metapsíquicos e que, na realidade, não são senão parapsíquicos, são tão naturais como os outros.





As imagens de Deus que implicam estão não raras vezes em aberta contradição com a imagem de Deus revelada em Jesus Cristo. Um Deus que vence o mal em Jesus Cristo não pode divertir-se envolvendo seus filhos nos intrincados labirintos e enigmas criados pelas especulações com as possessões diabólicas, diante das quais o homem se sente impotente e ameaçado por um poder totalmente irracional e incontrolável.

Acresce-se que os possessos geralmente são vítimas e não culpados. O fenômeno da possessão pode ser interpretado como projeção coletiva, sobre uma vítima, dos temores e distorções de um determinado grupo social. Possesso é aquele que sucumbe a essa acusação coletiva, explícita ou subliminar, feita em nome de um poder divino e se identifica com o juízo negativo que os outros fazem contra ele. É claro que o fenômeno pode revestir-se das mais diversas formas e até envolver também a conivência, culposa ou não, da vítima.






Pois bem, levar tais vítimas de uma introjeção coletiva ao exorcista, é a melhor forma de reforçar a projeção introjetada. A Igreja hoje tem a capacidade de reconhecer – e de fato existem pronunciamentos de autoridades eclesiásticas neste sentido – casos que, no passado, por condicionamentos culturais, julgou ser de competência do “exorcista”, devem ser confiados ao médico, ao psicólogo ou ao parapsicólogo.



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